Preparei esta sequência para trabalhar com o gênero textual "Mito". Por ser um gênero textual mais complexo, as atividades são destinada às crianças do ciclo II, ou seja, crianças de 4° e 5° ano.
Nesta sequência você encontrará:
- Texto para leitura;
- interpretação do texto;
- atividade com sílaba tônica: oxítona, paraxítona e proparoxítona;
- trabalho com dicionário e verbete;
- acentuação de palavras;
- caça palavras.
Espero que gostem!!
LEITURA - O MITO DE SÃO JORGE E O DRAGÃO
Baladas
medievais contam que Jorge era filho de Lorde Albert de Coventry. Sua mãe
morreu ao dá-lo à luz e o recém-nascido Jorge foi roubado pela Dama do Bosque
para que pudesse, mais tarde, fazer proezas com suas armas. O corpo de Jorge
possuia três marcas: um dragão em seu peito, uma jarreira em volta de uma das
pernas e uma cruz vermelho-sangue em seu braço. Ao crescer e adquirir a idade
adulta, ele primeiro lutou contra os sarracenos e, depois de viajar durante
muitos meses por terra e mar, foi para Sylén, uma cidade da Líbia.
Nesta
cidade, Jorge encontrou um pobre eremita que lhe disse que toda a cidade
estava em sofrimento, pois lá existia um enorme dragão cujo hálito venenoso
podia matar toda uma cidade, e cuja pele não poderia ser perfurada nem por lança
e nem por espada. O eremita lhe disse que todos os dias o dragão exigia o
sacrifício de uma bela donzela e que todas as meninas da cidade haviam sido
mortas, só restando a filha do rei, Sabra, que seria sacrificada no dia
seguinte ou dada em casamento ao campeão que matasse o dragão.
Casamento de São Jorge e Sabra
Ao
ouvir a história, Jorge ficou determinado em salvar a princesa. Ele passou a
noite na cabana do eremita e quando amanheceu partiu para o vale onde o
dragão morava. Ao chegar lá, viu um pequeno cortejo de mulheres lideradas por
uma bela moça vestindo trajes de pura seda árabe. Era a princesa, que estava
sendo conduzida pelas mulheres para o local do sacrifício. São Jorge se
colocou na frente das mulheres com seu cavalo e, com bravas palavras,
convenceu a princesa a voltar para casa.
O
dragão, ao ver Jorge, sai de sua caverna, rosnando tão alto quanto o som de
trovões. Mas Jorge não sente medo e enterra sua lança na garganta do monstro,
matando-o. Como o rei do Marrocos e do Egito não queria ver sua filha casada
com um cristão, envia São Jorge para a Pérsia e ordena que seus homens o
matem. Jorge se livra do perigo e leva Sabra para a Inglaterra, onde se casa
e vive feliz com ela até o dia de sua morte, na cidade de Coventry.
De
acordo com a outra versão, Jorge acampou com sua armada romana, próximo a
Salone, na Líbia. Lá existia um gigantesco crocodilo alado que estava
devorando os habitantes da cidade, que buscaram refúgio nas muralhas desta.
Ninguém podia entrar ou sair da cidade, pois o enorme crocodilo alado se
posicionava em frente a estas. O hálito da criatura era tão venenoso que
pessoas próximas podiam morrer envenenadas. Com o intuito de manter a besta
longe da cidade, a cada dia ovelhas eram oferecidas à fera até estas
terminarem e logo crianças passaram a ser sacrificadas.
O
sacrifício caiu então sobre a filha do rei, Sabra, uma menina de quatorze
anos. Vestida como se fosse para o seu próprio casamento, a menina deixou a
muralha da cidade e ficou à espera da criatura. Jorge, o tribuno, ao ficar
sabendo da história, decidiu pôr fim ao episódio, montou em seu cavalo branco
e foi até o reino resgatá-la. Jorge foi até o reino resgatá-la, mas antes fez
o rei jurar que se a trouxesse de volta, ele e todos os seus súditos se
converteriam ao cristianismo. Após tal juramento, Jorge partiu atrás da
princesa e do "dragão". Ao encontrar a fera, Jorge a atinge com sua
lança, mas esta se despedaça ao ir de encontro à pele do monstro e, com o
impacto, São Jorge cai de seu cavalo. Ao cair, ele rola o seu corpo, até uma
árvore de laranjeira, onde fica protegido por ela do veneno do dragão até
recuperar suas forças.
Ao
ficar pronto para lutar novamente, Jorge acerta a cabeça do dragão com sua
poderosa espada Ascalon. O dragão derrama então o veneno sobre ele, dividindo
sua armadura em dois. Uma vez mais, Jorge busca a proteção da laranjeira e em
seguida, crava sua espada sob a asa do dragão, onde não havia escamas, de
modo que a besta cai muito ferida aos seus pés. Jorge amarra uma corda no
pescoço da fera e a arrasta para a cidade, trazendo a princesa consigo. A
princesa, conduzindo o dragão como um cordeiro, volta para a segurança das
muralhas da cidade. Lá, Jorge corta a cabeça da fera na frente de todos e as
pessoas de toda a cidade se tornam cristãs.
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Que bacana essa sequencia didática!
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